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Prevenção da Depressão na Terceira Idade


Data:  09-07-2008     Fonte:  Correio de Azeméis



A depressão não é apenas uma tristeza passageira perante um facto adverso da vida. Ela apresenta-se de maneira profunda e duradoura e, em geral, dura algumas semanas, podendo estender-se por anos.

   É errado considerar que, com o avanço da idade, a ocorrência da depressão é natural.

   O importante é ter consciência que qualquer pessoa pode ser vítima dessa doença e que o melhor a fazer é procurar ajuda logo que os primeiros sinais se manifestem.

   Algumas evidências sugerem que com a idade pode haver aumento de transtornos depressivos. Blazer (1994), através da revisão da literatura, conclui que a prevalência de sintomas depressivos, clinicamente significativos, em indivíduos idosos na comunidade situa-se entre os 8 e os 15%.

   Num estudo epidemiológico com indivíduos acima de 65 anos, Blazer et al. (1991) mostraram que os sintomas depressivos são mais predominantes em individuos do sexo feminino, e estão directamente relacionados com o aumento da idade, reforma, limitações físicas, distúrbios cognitivos, sentimento de inutulidade e pouco suporte social.

   A depressão é, então, uma perturbação do humor caracterizada por: humor depressivo mediante uma diminuição clara do interesse ou prazer em quase todas as actividades durante a maior parte do dia; perda (sem dieta) ou aumento de peso; diminuição ou aumento de apetite; insónia ou hipersónia; agitação ou lentidão psicomotora; fadiga ou perda de energia; sentimento de desvalorização ou culpa excessiva ou inapropriada; menor capacidade de pensamento ou concentração, ou indecisão; pensamentos recorrentes sobre a morte; ideação suicida recorrente, tentativa de suicídio ou a existência de um plano específico para cometer suicídio.

   A depressão pode resultar de um desequilíbrio ao nível dos neurotransmissores cerebrais (serotonina e noradrenalina, que controlam o nosso humor), mas, também, pode ser consequência de algum acontecimento perturbador na vida da pessoa, como a reforma, perda de um ente querido ou viuvez, entre outras. Os factores de risco podem ser: existência de outras doenças; incapacidade de cumprimento das tarefas diárias e aumento da idade. Ao nível dos factores psicológicos podemos encontrar baixa auto-estima e pensamentos negativos associados à terceira idade. Já nos factores sociais, encontramos a falta de suporte social (intensificada pela perda de entes queridos), percepção da falta de suporte, falta de ocupação dos tempos livres e restrições financeiras.

   É importante para o idoso manter o seu contacto social através de actividades interactivas. A própria família deve estimular o contacto com outras pessoas, tanto da mesma idade como de faixas etárias diferentes.

   Algumas dicas para a prevenção da depressão:

   1 - Fazer exercício físico diário

   De preferência ao acordar, durante uma hora (por exemplo, caminhada). O exercício físico, quando feito diariamente, aumenta a produção de hormonas no nosso corpo, que dão a sensação de bem-estar e de boa disposição.

   2 - Sono ideal

   Hora máxima para dormir: 22 horas. A parte mais nobre do sono acontece entre as 23h e as 3h da manhã. Máximo para acordar: 6 horas da manhã. Após este horário aumenta o sono REM, sono durante o qual se sonha, que é desvitalizador e depressivo. Não dormir durante o dia, pois este sono ao invés de descansar, cansa.

   3 - Evitar actividades excitantes antes de dormir

   Deve-se evitar actividades como desporto, ver televisão, telefonemas, discussões, pelo menos uma hora antes de dormir. Dar preferência a actividades relaxantes, por exemplo, ouvir música, rezar.

   4 - Exposição à luz solar

   No início da manhã ou final da tarde, a exposição à luz solar promove o aumento de melatonina, que é a substância que controla os ciclos do sono/vigília e do humor.

   5 - Banho

   Deve ser ou morno pela manhã, que promove melhoria no despertar pelo choque térmico, ou banho quente à noite, que provoca vasodilatação, o que ajuda a relaxar e facilita a conciliação do sono.

   6 – Passar algum tempo em actividades e relacionamentos familiares e sociais.

   7 - Busca de encontros e reuniões que constituam momentos de prazer

   Esses encontros são o combustível da vida. Procurar ambientes abertos como praças, paisagens onde existam mata, montanha, rio, etc. 8 - Investir em lazer nos finais de semana

   Sair da rotina de casa para resgatar a tranquilidade. O lazer é fundamental, e deve ser feito com criatividade, à procura de novidades, não rejeitando à partida novas actividades.

   9 - Evitar muita exposição à ambientação artificial

   Por exemplo, ar condicionado, carpetes, luz artificial, pois comprovou-se que este tipo de ambiente provoca desgastes físico e psicológico, irritação, problemas alérgicos, infecções das vias aéreas, dor de cabeça, stress e até depressão.

   10 - Investir em hobbies (passatempos; actividades de tempos livres)

   Como costura, pintura, jardinagem, pescaria, etc, uma vez que desvia o pensamento de preocupações rotineiras e melhora o relaxamento.

   11- Após as 18h, evitar alimentos pesados

   Por exemplo, evitar jantar carnes vermelhas, fritos, etc, pois prejudicam as fases do sono, causam pesadelos, e tornam o sono insatisfatório.

   12 - Uso de vitaminas C após o exercício físico

   Se o exercício for de manhã, beber um sumo de laranja ou de acerola. Se for ao final da tarde, pode-se introduzir no jantar brócolos, espinafres, couve-flor e batata.

   13 - Uso frequente de folhas verdes

   Como couve, alface e outras, pois elas contêm uma substância fundamental para a produção de neurotransmissor cerebral, a serotonina que regula o humor, (o) pensamento e a acção.

   14 - Beber no mínimo 1,5 litros de água por dia

   Evita a desidratação celular que provoca stress ao nível cerebral.

Opinião

Catarina Gomes

Psicóloga



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