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Os maiores de 50 gastam dinheiro em tecnologia
Data: 18-11-2008
Fonte: IOL Diário
Mónica Chaves, directora da BrandKey, a agência organizadora do primeiro seminário dedicado aos maiores de 50, abriu a sessão transmitindo a ideia de que os séniores são pessoas que testemunharam e ou participaram nos principais eventos da segunda metade do século XX.
Segundo dados que apresentou, entre 1975 e 2007, a população com mais de 50 anos aumentou um milhão. Em 2007 havia cerca de 3.781 pessoas com mais de 50 anos em Portugal.
Dentro de 15 anos, os séniores portugueses irão representar cerca de metade da população. Em 2024 as estatísticas mostram que existirão cerca de 183 idosos para cada 100 jovens. Números de 2007 do INE mostraram que, pela primeira vez, a mortalidade superou a natalidade.
"Trata-se de um mercado em crescimento que já assumiu uma dimensão relevante e que tende a aumentar no futuro", refere Mónica Chaves.
Marketing para os mais velhos
O sénior é actualmente activo, idealista e conhecedor. Tem maior disponibilidade financeira dado que o agregado familiar já não é dependente. Tem tempo e utiliza as novas tecnologias. São saudáveis querem ter boa aparência e sentir-se bem.
"Para a maioria dos seniores de hoje, o bem estar geral está mais relacionado com a saúde financeira do que com a saúde física", acrescentou.
Nesta faixa etária o poder de compra é grande. Em 42 por cento dos lares portugueses, o decisor de compra é um sénior com mais de 54 anos.
Segundo Mónica Chaves, em 2015 os seniores deterão cerca de 60 por cento da riqueza e 40 por cento do consumo do mundo. Actualmente as pessoas com mais de 55 anos controlam cerca de 70 por cento da economia mundial.
E onde gastam dinheiro estes seniores? "Em viagens, lazer, serviços financeiros, serviços de saúde, serviços de enfermagem e apoio no lar e em tecnologia", enumera.
No dia-à- dia as prioridades vão para a alimentação, cuidados de higiene e beleza, medicamentos e gasolina.
Em tempos de crise poupam em roupa e acessórios, em comer fora e em viagens pessoais. Mas não poupam em beleza nem na... TV Cabo!
Conclui-se que a população sénior está em crescimento acelerado, são consumidores de elevado potencial, revelando assim por todo o mundo um mercado de enorme potencial.
"Neste momento, o que é problemático é que estes seniores reclamam que os produtos e serviços não são adequados a eles, pensados para eles, mas sim adaptados a eles. A comunicação é sempre dirigida aos mais novos e não a eles".
Como comunicar interagir e impactar este segmento?
Segundo Mónica Chaves "há que definir plataformas de mensagens para perceber o que os move, ir de encontro aos seus intreresses".
Até porque os séniores não se vêem como se tivessem 20 e poucos anos, mas também não se vêem como velhos. Imagens e conteúdos devem estar relacionados com esta fase da vida. Mensagens aspiracionais e modelos jovens e bonitos funcionam para uns, mas para outros, iates e top models não são a sua aspiração.
Os seniores querem marcas que os compreendam. Embora abertos a novas marcas gostam de experimentar novos produtos e são mais influenciados pelas recomendações de amigos e família do que pela publicidade tradicional.
Gostam de marcas com história e mantêm-se fiéis a marcas que fizeram parte do seu consumo ao longo da vida. Marcas estáticas não são relevantes para este consumidor.