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Avós... e netos "são historiadores da família"


Data:  28-12-2008     Fonte:  Jornal da Madeira



  Ser avô pode ser uma experiência compensadora. Há uma revisitação à infância dos filhos sem a pressão sentida há trinta ou quarenta anos, altura em que foram pais pela primeira vez. O avô já deixou de ser aquele "velhinho" que está à lareira com a avó a tricotar mas sim aquele homem que tem mais tempo livre porque já não trabalha e que conserva uma jovialidade que permite brincar, passear e cuidar dos mais novos.

   O psiquiatra Daniel Sampaio defende que os avós são os "historiadores da família". São eles que trazem as recordações antigas, as histórias de família, os objectos antigos que são importantes para a transmissão desses valores".

   Numa altura em que se discute muito o papel das famílias, o psiquiatra explica que "as famílias têm agora diversas configurações e, perante o divórcio e perante as famílias monoparentais, as famílias reconstruídas, os avós são uma garantia de continuidade da família que é muito importante para os mais novos".

   Actualmente os avós já alteraram os seus "papéis". São elementos activos nas famílias. Primeiro – explica o psicólogo – porque "vivem muito mais tempo desde a segunda metade do século XX até porque, na primeira metade desse século eram poucas as pessoas que ultrapassavam os 60 anos de vida. Hoje em dia, a maioria das pessoas ultrapassa os 60 e vai até os 80. Significa que nós temos avós com muita frequência, isto é, trinta anos de avós. Aliás, não é raro um jovem ter ainda vivos os seus bisavós. Há uma faixa etária entre os 50 e os 70 que se encontra a trabalhar, activos e com saúde, logo, desempenham um papel mais activo comparativamente àqueles que viveram na primeira metade do século XX".

   Mesmo para além das situações de divórcio, Daniel Sampaio explica que os avós cuidam muito dos seus netos nos nossos dias. "Existem, por exemplo, avós que assumem a maternidade no lugar das filhas sobretudo quando se trata de uma gravidez na adolescência, que apoiam os filhos quando falta uma estrutura financeira ou emocional. Há também os avós que cuidam dos netos porque os pais têm horários laborais rígidos e inflexíveis. Por os pais trabalharem todo o dia, os avós assumem, de certa forma, uma situação de guarda. Depois, muitas vezes, são os avós que ajudam financeiramente os pais (a segunda geração) na compra de casa, carro, pagamento dos colégios, entre outros bens", adianta o médico.

   Os avós têm menos ansiedade que os pais

   Partindo da sua própria experiência como avô, Daniel Sampaio confessa que a ligação com os avós é sempre muito forte. "Vivi três anos com a minha avó e foi uma figura muito importante para mim. E esta relação ainda mais especial pela forma como nos sentimos quando estamos com os avós".

   "Os avós têm menos ansiedade que os pais. Os pais, hoje em dia, são muito importantes e preocupam-se muito com os filhos. Estão muito ansiosos com a educação, com a saúde e com a escola dos filhos. Os avós têm uma maior tranquilidade e, de uma forma em geral são menos críticos em relação às gerações mais novas, os que os faz muitas vezes se tornar numa fonte de afecto e de relação muito importante para os netos", refere.

   Daniel Sampaio diz que é "uma tranquilidade própria da experiência, de quem já passou por situações difíceis e que não tem aquela pressão para educar porque, como mãe e pai, as pessoas estão sempre a dizer "põe-te direito", "tens que dormir", "tens de estudar", entre outras coisas. Neste sentido, os avós têm uma plasticidade, uma flexibilidade diferente e portanto, em situações de crise, e sobretudo na adolescência quando estão em conflito com os pais, os netos recorrem muitas vezes aos avós. Aliás, às vezes até ficam alguns dias nas casas dos avós enquanto as coisas estão quentes em casa". E portanto, acrescenta, esse papel que tem a ver com a experiência de vida é muito importante e torna-se muito útil nas gerações actuais em que há uma certa instabilidade nas famílias".


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